• 05/05/2016
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Dividindo o sonho de ser mãe e empreendedora

Para comemorar o dia das mães, a B2 conversou com sete mães apaixonadas pelo empreendedorismo. Descubra como elas conciliam a vida maternal com a profissional.

 

Mãe e profissional literal

 

A carioca da gema Pâmela Lopes, compartilha a vida com duas meninas e dois meninos, todos com idades parecidas. Desde pequena sempre esteve certa do que seria, empreendedora. Apaixonada por educação, crianças e pessoas viu no empreendedorismo a maneira de ver transformação na vida de tanta gente.

Atualmente ela divide a missão de ser mãe, professora, escritora e especialista em kids coaching. Esta profissão para lá de curiosa, é um processo de desenvolvimento infantil que utiliza ferramentas de coaching de forma lúdica, focando em desenvolver e treinar habilidades fundamentais em todas as áreas da vida da criança.

Pâmela é uma das pioneiras a usar a técnica no Brasil, e recentemente lançou um workshop com o tema: Mães sem estresse, o intuito é conciliar trabalho e família para uma melhor qualidade de vida.

Por falar em qualidade de vida, Pâmela lembra das brincadeiras infantis que fazia com a mãe, como alugar e assistir filmes juntas, todos os fins de semana. Nos carnavais, a casa ficava infestada de confeitos que caíam sobre as menores brechas da mobília, mesmo com a dificuldade da limpeza a mãe de Pâmela se sentia feliz com a alegria da filha. “Quando aprendi a ler, íamos a livrarias juntas, escolhíamos livros juntas, era maravilhoso! E, hoje, faço o mesmo com meus filhos, “ contou.

Quando perguntada sobre como conciliar a profissão e ser mãe, ela disse que antes, administrar o tempo era bem complicado. “Por ter passado por duas experiências (ter meu tempo organizado e ter ficado sem tempo) hoje, tenho o objetivo de contribuir com outras mães para que a administração de tempo seja também um diferencial na vida delas, pois com a boa administração e organização conseguimos ter uma vida mais leve, tranquila e centrada”.

 

Pâmela vê a maternidade como a tradução literal do amor. “É expressar sentir, viver a intensidade de um sentimento que não tem uma explicação concreta”

Pâmela vê a maternidade como a tradução literal do amor. “É expressar sentir, viver a intensidade de um sentimento que não tem uma explicação concreta”

 

 

Mães Social Media 

 

Dormir agarradinho, cuidar de cada detalhe, acompanhar o crescimento e o caráter. Quando lemos essa frase já sabemos que se trata de palavras de uma mãe, que neste caso é a médica obstetra e estética Ana Cristina Moura, mãe de três filhos.

A história de Cristina com o empreendedorismo aconteceu meio sem querer, ela já usava a mídia social, para fazer posts com o intuito de impulsionar algumas marcas, essas a procuravam e davam bons feedbacks, nisso ela viu a possibilidade de profissionalizar e obter renda através do trabalho que já fazia. “Minha filha tem um Instagram onde o foco é a moda e o mundo fashion no geral. ”

A maior dificuldade que Ana enxerga em relação a conciliar a profissão e a maternidade é a distância. “Como tenho três filhos, me estresso às vezes quando estou “presa” fazendo um parto, sem hora para terminar e cada um está em uma atividade diferente em locais distintos, com isso eu tenho que me virar para arranjar um amigo que possa buscá-los”.

Já quando perguntada sobre as mães que largam o trabalho para se dedicar aos filhos, a obstetra disse que tem amigas que optaram por esse estilo de vida, mas que no caso dela, não conseguiria, pois, se realiza como pessoa praticando a profissão.

 

Médica ginecologista e obstetra, Tina Batalha é mãe de Bernardo (8 anos), Beatriz (7) e Guilherme 4 anos. Escreve o perfil da filha Beatriz @bia_dornbusch com fotos de desfiles, looks do dia e tudo relacionado à moda infantil. Mais de 68 mil pessoas seguem o Instablog de Bia.

Médica ginecologista e obstetra, Tina Batalha é mãe de Bernardo (8 anos), Beatriz (7) e Guilherme 4 anos. Escreve o perfil da filha Beatriz @bia_dornbusch com fotos de desfiles, looks do dia e tudo relacionado à moda infantil. Mais de 68 mil pessoas seguem o Instablog de Bia

 

É também nas redes sociais que a microempreendedora e pastora Renata Germano, decidiu falar sobre o universo da filha Rafaella, como meio de mostrar o crescimento da filha que nasceu em Moçambique, o perfil do Instagram possui mais de 44 mil seguidores. “Depois de ser mãe me tornei uma pessoa melhor. Rafa me fez entender o amor de Deus por mim. Eu não daria minha filha por ninguém e Deus deu o filho dele por mim”.

Ser mãe realmente está nas gêneses de toda mulher, Renata ainda canta as mesmas músicas de ninar, brinca das mesmas coisas e tem a mesma maneira de falar que a mãe. Em relação ao trabalho, o dia é sempre corrido, trabalhar na igreja, manter duas lojas virtuais, cuidar de casa e da filha, não é tarefa fácil, mas para ela a melhor coisa é chegar em casa e receber o abraço apertado e sincero de Rafa, como ela a chama. “Minha maior alegria é estar ministrado uma reunião e ver a Rafa inserida nesse mundo espiritual, vejo meus dois amores juntos! A obra do meu Deus e minha filha”.

 

Renata Germano é carioca e atualmente reside em São Paulo. Tem o perfil no Instagram – @reegermano – como meio de mostrar o crescimento da filha Rafaella Leonarda de 4 anos – que nasceu em Moçambique. Possui mais de 44 mil seguidores

Renata Germano é carioca e atualmente reside em São Paulo. Tem o perfil no Instagram – @reegermano – como meio de mostrar o crescimento da filha Rafaella Leonarda de 4 anos – que nasceu em Moçambique. Possui mais de 44 mil seguidores

 

Já a vontade de empreender da mãe e empresária Juliana Laroche, surgiu da amizade. “Não abro mão de ser mãe por nada, em primeiro lugar quero dar apoio a minha filha, quero que ela possa contar comigo sempre”.

Mesmo uma mãe presente e dedicada precisa de um tempo para ela mesma, inclusive para carregar as energias, e Laroche faz esse processo indo a academia, ao salão de beleza, vendo um seriado ou filme e também saindo com as amigas. Para ela hoje, o relacionamento com os filhos é mais direto e aberto, o que facilita a aproximação com os pais, o que era diferente há por exemplo, uns 20 anos atrás.

Como toda mãe, as vezes bate aquela inquietação. “Minha maior preocupação é procurar participar da vida dela, então procuro fazer meus horários de maneira que eu esteja sempre presente na hora de levar ela no colégio e nas outras atividades, quando isso não acontece por algum motivo é o que me tira do sério! Procuro estar presente em todos os momentos”.

 

Empresária e fashion lover, Juliana Laroche mora em Recife e, desde o primeiro aninho da filha Mariana (4), administra o perfil @jularoche no Instagram com quase 90 mil seguidores

Empresária e fashion lover, Juliana Laroche mora em Recife e, desde o primeiro aninho da filha Mariana (4), administra o perfil @jularoche no Instagram com quase 90 mil seguidores

 

Para fechar o quarteto, com quinze anos no mercado de trabalho a fonoaudióloga Aline Berghetti, lembra o que mudou na vida profissional após a chegada da filha. “Passo mais tempo com ela. Tudo gira em torno da Maria. No supermercado, começo pela alimentação dela, nos magazines, a preferência é por vestí-la primeiro. A preocupação aumentou, o medo da violência triplicou. Sou mais gentil, mais cordial, mais amorosa. Se as crianças são o reflexo dos pais, tento ser o melhor possível ”.

Aline que abriu mão do trabalho no primeiro ano de vida de Maria, se considera muitas Alines para dar conta de tanta coisa, o esforço só acaba às duas da manhã, horário em que tudo se silencia e o corpo precisa descansar. Mesmo com tudo isso ela ainda encontra tempo para fazer as coisas que gosta. “Também trabalho em uma casa espírita há muitos anos e sou estudante da doutrina na mesma casa. Administro minha casa, faço as compras semanais e temos um cachorro que exige certos cuidados. Pratico pilates”.

Os pontos de exclamação encontrados nas respostas do e-mail que foi enviado para fazer essa reportagem, dizem tudo sobre o que é ser mãe para ela. “Fico alegre quando maria fala que seremos melhores amigas para sempre, ela fala isso todos os dias! ”.

“Ser mãe de menina é fantástico! Quando percebo que ela tem interesse por coisas de meninas. Make, roupas, bolsas. Quando se recusa a colocar algo, porque não combina, acho o máximo!!!”.

“Amo buscá-la na escola! A alegria dela é contagiante! Vem correndo para me abraçar! (Estou quase chorando…kkk) ”.

 

Aline Berghetti: é gaúcha, fonoaudióloga e mantém o Instablog @alineberghetti com mais de 60 mil seguidores que registra o cotidiano e looks da filha Maria Clara de 3 anos

Aline Berghetti: é gaúcha, fonoaudióloga e mantém o Instablog @alineberghetti com mais de 60 mil seguidores que registra o cotidiano e looks da filha Maria Clara de 3 anos

O que há de comum entre essas e todas as mães é o amor, no caso de Ana, Aline, Renata e Juliana vai além disso, as quatro juntas decidiram montar o blog 4KIDSBRASIL, um ótimo exemplo de empreendedorismo materno. As filhas que são fashionistas mirins do Instagran somam quase meio milhão de seguidores. O site é totalmente dedicado ao universo infantil com dicas e matérias de saúde, moda, comportamento, beleza e viagens.

 

 

Mãe, mulher e profissional 

 

Denise Veiga, se considera carioca da gema, mesmo tendo nascido em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, escolheu a cidade maravilhosa para viver. Foi mãe de primeira viagem aos 26 anos. Sua vida profissional se divide em ser coaching de imagem digital e diretora do projeto Planeta em cena – que trabalha com oficinas na área de desenvolvimento em comunidades do Rio de Janeiro.

Mas, nem sempre foi assim, de família de empreendedores Denise sempre gostou de inventar coisas, mas com a chegada da primeira filha e devido a determinação de horários de um emprego tradicional, ela decidiu aplicar o empreendedorismo vendendo quentinha no shopping do Neblon, em 2007. “Eu vendia alguns tipos de massas, que acaba sendo mais prático, eu deixava pré-pronto. Inclusive elas acabaram ficando famosas, era uma maneira rápida de ganhar dinheiro sem burocracia”.

Denise lembra que com o barrigão de oito meses da gravidez de João, o segundo filho, dirigiu três curtas metragens. Nascido de parto domiciliar o filho mais novo, que acompanhou o desenvolvimento do trabalho da mãe na barriga, com trinta dias de nascido já estava envolvido nos sets de filmagem.

O canguru – artigo para mães que carregam os filhos com mais facilidade, era o melhor amigo de Denise nessas horas.  “Quando João nasceu foi maravilhoso, eu defendo muito o parto domiciliar sem agressão à mãe e também a vida que está chegando”. Denise relembra do nascimento do filho com alegria, para ela esse foi o melhor momento de sua vida. Depois de três horas de trabalho de parto, o choro às nove horas da noite anunciava a chegada do bebê, ao mesmo tempo em que Denise se recobria do parto, a filha Vitória ajudava com os cuidados na limpeza do irmão. “Eu me senti a mulher mais poderosa do mundo. ”

Uma das coisas que a família mais gosta de fazer, é ir à escola de bicicleta, assim ela consegue manter a forma e se exercitar na companhia dos pequenos.

Quando perguntado a Denise de uma ocasião em que ser mãe e ser profissional se confundiram ela contou um episódio engraçado. “Eu sempre faço minhas reuniões pelo Skype, neste dia me arrumei da cintura para cima, estava impecável, a parte de baixo eu estava com pijama e chinelo de dedo, em um momento da reunião um dos presentes precisou ficar ausente, aproveitei e fiz o mesmo, mas quando me levantei, todos viram o meu traje, eu estava de camisa social, pijama e chinelo de dedos”. Quanto a situação, Denise disse “A mais feliz entre nós sou eu, pois trabalho de pijama e chinelo de dedo todos os dias. ”

Depois de ser mãe Denise, se considera mais madura. Segundo ela, a sociedade entende a normalidade da mulher virar mãe, mas não compreendem as necessidades desse trajeto “ Você precisar ser mãe, cuidar dos filhos, da casa e das contas, não precisa deixar de ser mulher para ser mãe, quanto mais longe você for, mais exemplo você para o seu filho, assim você mostra que ele pode conseguir aquilo que ele busca, mostrar que você é uma pessoa de garra é a melhor herança”. A coaching finalizou dizendo que o importante é a mulher se sentir bem e fazer o que gosta. “Eu levanto a bandeira do direito da mulher, de ser mãe e mulher ao mesmo tempo”.

 

Junto com a filha Vitória que é vegetariana por opção, Denise faz receitas mirabolantes nas refeições

Junto com a filha Vitória que é vegetariana por opção, Denise faz receitas mirabolantes nas refeições

 

Mãe corre corre 

 

Ela se chama Raquel Carla Drzewinski Tiburski, mãe, sócia e diretora comercial na Mongaba, empresa criadora do Diário escola, um aplicativo que ajuda na interação entre pais e colégio, por meio do aplicativo os pais recebem em tempo real as informações da rotina dos seus filhos.

Da mesma maneira que os pais podem ficar mais próximo dos filhos com esse aplicativo, Raquel procura o mesmo quando o assunto é Felícia sua filha. “Chega uma hora que precisamos ir em frente e trocar o cenário de nossas vidas, tomando as rédeas, fazendo o que se gosta, inovando e sendo sua própria chefe”.

Raquel dedicou-se integralmente à Felícia, até ela completar dez anos, o motivo foi que ela sempre acreditou que com essa idade ela seria mais independente. Com isso, ela pode acompanhar os primeiros passos e as primeiras conquistas da pequena. “Sinto orgulho em dizer que eu a ensinei a falar, andar, correr, escrever, a ler e a tabuada”.

Mesmo se dedicando esses anos a maternidade, Raquel não parava de trabalhar, ao mesmo tempo em que amamentava administrava um negócio paralelo do marido. Para ela não é preciso abrir a mão dos sonhos pelos filhos, e que tudo tem a sua hora.

A mãe dona Jussara foi a responsável pelo amor de Raquel pelas coisas simples da vida, um corriqueiro passeio de ônibus era repleto de alegria, os dedos apontavam pela janela uma árvore, que para ela era uma das coisas mais belas do mundo. Assim como sua mãe, a educadora ensina a filha  a ver esses detalhes do dia a dia.

O foco, é o segredo na hora de conciliar as funções, “Tento sempre colocar horários para tudo. Se tenho reunião cedo da manhã e consigo atender via Skype ou telefonema, deixo-a dormir mais um pouco e acerto horários para tentar ao máximo ficar com ela, preparar o seu almoço, colocá-la no ônibus escolar. Há dias que preciso sair cedo e volto tarde. Nessas ocasiões é imprescindível a ajuda da dona Jussara, minha mãe, e presença necessária em nossas vidas”.

Pediatra, dentista, oftalmologista, vacinas, reunião da escola são com Raquel ou com o pai. Isso são coisas que ela não abre mão. Ela sorri quando diz que o celular é primordial, como se ele fosse a extensão do corpo.

Com toda essa correria, as vezes o cansaço extremo bate. “Alguns dias parecem mais fatigantes e precisamos desligar. Eu me dou este direito, sento com minha filha na sala e digo: a mamãe precisa descansar agora, por 30 minutos. Fico aqui contigo, mas preciso descansar”.

Segundo a educadora, todas as mulheres devem ter isso em mente. “Precisamos descansar, não somos máquinas. No momento em que nos damos esse direito e não nos recriminamos por isso, é mágico e empoderador, “ finalizou.

 

Uma das atividades que as duas fazem juntas e adoram é o portinho de argila. “Criei e crio a minha filha para que ela faça a diferença, para que seja justa, cordial e que defenda suas opiniões, defenda os animais e o que é certo para todos. Ensino que tudo na vida tem volta: e que devemos fazer sempre o bem, porque ele um dia encontrará o nosso caminho”

Uma das atividades que as duas fazem juntas e adoram é o potinho de argila. “Criei e crio a minha filha para que ela faça a diferença, para que seja justa, cordial e que defenda suas opiniões, defenda os animais e o que é certo para todos. Ensino que tudo na vida tem volta: e que devemos fazer sempre o bem, porque ele um dia encontrará o nosso caminho”

 

 

 

 

 

 

 

 

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