Se você acha que o ambiente de trabalho é o último lugar que o mosquito Aedes Aegypti vai se hospedar, você está enganado. Definitivamente nenhum lugar está protegido do mosquito Aedes - responsável pela transmissão de Zica Vírus, Dengue e febre Chikungunya. As instalações empresariais são alvos fáceis para o mosquito inclusive se tratando de indústrias, áreas de construção civil etc.
Segundo a doutora em saúde pública Fernanda Amendola, o ideal é que a empresa determine um funcionário para uma vistoria detalhada. A checagem e correção de pontos onde exista água parada. “A inspeção deve ser duas vezes na semana e em dias de chuva, sempre ser feita no dia seguinte, ” alertou Fernanda.
A auxiliar de serviços gerais Ana Caroline, está grávida de quatro meses e teme ser picada. “Na empresa que eu trabalho, o RH disponibilizou repelentes para toda a produção, o meu específico para gestante também foi oferecido”. A organização que a auxiliar trabalha teve a iniciativa após, nove funcionários contraírem dengue no ano passado.
Outra dica é plantar a conscientização nos funcionários. A ação pode ser campanhas, treinamentos, palestras, recados no mural digital, intranet, tvs corporativas etc. Essas campanhas podem ser executadas pela comunicação ou RH. Outro plano de ação é envolver a equipe da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Isso motiva o funcionário a participar e fazer sua parte tanto na empresa como em casa.
Vale lembrar
Todo lugar com água parada é prato cheio para o mosquito. A retirada da água parada não é o suficiente para se livrar do mosquito. Segundo a especialista, o Aedes gosta de água limpa, mas já ouve casos em que na água suja o mosquito se reproduziu. Por isso, vale lembrar a importância de lavar os recipientes com bucha e detergente.
Para ajudar, montamos uma lista com alguns desses locais que deve ser verificado com frequência.
Garrafas;
Caixas d’água;
Vasos de plantas;
Calhas;
Pneus;
Geladeiras que acumulem água atrás;
Potinhos espalhados pelo quintal;
Recipientes para comida de animais domésticos;
E tudo o que possa acumular água.
Para Fernanda as empresas precisam conscientizar seus funcionários com informativos de como o mosquito age, do que ele gosta e as maneiras eficazes de se livrar da proliferação. “A única forma de combater o Aedes é a prevenção, é não deixar ele nascer e isso só é impedido quando conhecemos o mosquito”.
Os tipos de repelentes
Você já usou o repelente, mas ainda assim é picado? A causa desse problema pode estar tanto na fórmula do repelente, quanto na maneira que você utiliza o produto, por exemplo, o tempo de ação de cada repelente.
Segundo Fernanda existem três tipos de repelentes. Um deles é o Icaridina, utilizado para repelir insetos principalmente o Aedes. A indicação é para crianças acima de dois anos de idade. Além disso, ele oferece o maior tempo de durabilidade em comparação aos concorrentes, são dez horas quando aplicado corretamente na pele.
Já o DEET (dietiltoluamida) é uma substância presente na maioria dos repelentes do mercado brasileiro, inclusive recomendado às crianças acima de 12 anos, sendo assim, ele pode ser usado por crianças e adultos. Eles oferecem seis horas de proteção.
“Os repelentes devem ser utilizados com prudência, evitar passar nas mucosas para evitar qualquer dano à saúde, assim que passar o repelente lavar bem as mãos. ”
A especialista alertou que os repelentes feitos à base de andiroba e citronela, os caseiros, não tem eficácia cientifica comprovada. Ou seja, eles não são indicados para quem quer se livrar da picada do Aedes.
Para finalizar a especialista lembra dos repelentes elétricos, aquele que colocamos na tomada. Essa é uma ótima dica para implantar não só nas salas de trabalho, mas também em casa.
Continue o papo…
O que você anda fazendo para combater o mosquito Aedes?