• 03/06/2016
  • Comunicação, RH

O comportamento do RH interfere no dos outros colaboradores

O comportamento do RH interfere no dos outros colaboradores - B2 Midia

 

 

Há 23 anos, no mercado a consultora de RH Patrícia Flores, contou como é a posição do novo Recursos Humanos e qual sua ligação com a comunicação nas empresas. Há tantos anos na profissão ela encontrou na área a possibilidade de trabalhar com pessoas, que segundo ela é o que a faz bem. “Gosto de empregá-las e desenvolvê-las, acredito que tornamos pessoas melhores ao produzir bem”.

patricia flores

A carioca formada em gestão de negócios, gestão estratégica em Recursos Humanos e especialista em remuneração, atua com foco na construção e implementação do plano de cargos, carreiras e salários, avaliação de desempenho e trilha de aprendizagem em empresas do segmento público e privado.

Mesmo com tantas responsabilidades ela ainda tem tempo para as redes sociais, são vários grupos de whatshapp em que ela participa ou administra. Há um ano criou um grupo voltado para à área de remuneração. “Lá temos profissionais de todo o Brasil ligados à área, o objetivo é fazermos uma pesquisa salarial e práticas de remuneração, são profissionais de diversos segmentos”.

Além desse grupo, ela ajuda a administrar mais cinco, com mais de 1000 profissionais de RH que diariamente trocam mensagens sobre vagas, processos seletivos, dúvidas de RH entre outras coisas. Esse grupo inclusive faz parceria com cursos para oferecer preços acessíveis para os membros.

B2: O que você acha sobre o novo RH onde o foco é a gestão de pessoas?

Patrícia Flores: Acredito que o foco do RH sempre deve ser a gestão de pessoas dentro da organização. Como elas entram (R&S) como elas aprendem (T&D) e como elas se desenvolvem/produzem (Avaliação de Desempenho) e como devemos remunerá-las para reter e motivar.

Acredito que o RH não deve perder o foco que ele é o equilíbrio entre a empresa e seus colaboradores. A maior competência da área de RH é a empatia, não só para com os colaboradores, mas também para com o dono do negócio.

 B2: Qual o papel do RH para o crescimento da empresa?

PF: O empresário bacana sabe que só crescerá se souber administrar sua força de trabalho e o profissional de RH existe para auxiliá-lo nesta tarefa.

B2: O que faz o profissional de RH além da parte administrativa?

PF: Acredito eu, que o profissional de RH é a fonte de motivação de outros colaboradores dentro da empresa. Quando o RH “veste” a camisa da empresa, acredita em seu propósito faz com que os colaboradores se engajem e se comprometam mais. Em uma empresa, onde o profissional de RH está em dúvida sobre a atuação dele compromete a atuação de outras áreas também. O profissional de RH precisa ser mais consciente que seu comportamento interfere no comportamento dos outros colaboradores.

B2: Nessa nova era onde a comunicação é quem manda, como o gestor de RH deve se especializar?

PF: Atuando com Endomarketing e buscando a comunicação transparente com todos os colaboradores da empresa. Como a função de RH é ser esse interlocutor entre a estratégia e o operacional, a comunicação precisa ser clara para que todos entendam a Missão e Visão da empresa além da prática de seus valores.

B2:  Hoje, o Rh precisa cada vez mais aprimorar a gestão de pessoas ou se preocupar em conhecer mais o negócio da empresa para adequar as competências humanas à estratégia comercial?

PF: Acredito que os dois, conhecer as ferramentas de Gestão de Pessoas e conhecer o negócio da empresa. Mas, a maior competência de RH é sua atitude de proatividade, empatia e gerar valor para a empresa e o colaborador.

B2: Qual é o maior desafio que o profissional encontra nas empresas?

PF: Treinar o próprio dono. Ou seja, aculturar o empreendedor (dono da empresa) na gestão de pessoas. Lidamos com pessoas e por si só já é um grande desafio, aplicar esta pessoa em uma empresa e ser bom para ambos é o desafio de qualquer profissional de RH.

B2: Antes o RH era ligado apenas na parte de legislação ou departamento pessoal, o que provocou essa evolução?

PF: A necessidade de entender o que o colaborador não quer somente ser remunerado e que ele precisa visualizar valor dentro da empresa e de sua atividade laboral. Pensar em qualidade de vida e carreira é uma mola propulsora de produtividade. O colaborador saudável na tríade mente corpo e espírito produz bem. Fazendo um paralelo com Maslow (pirâmide das necessidades humanas) o DP/Legislação seria a base, as necessidades fisiológicas e o RH proporciona a auto realização, principalmente no trabalho/empresa. Sabemos que o colaborador quando é assistido em suas necessidades gera maior valor para a empresa. E com a gestão de pessoas torna-se uma via de mão dupla. Colaborador assistido gera produtividade que gera lucratividade para a empresa, logo a empresa investe mais neste colaborador.

B2: Qual a dica que você dá para quem quer começar na área?

PF: Se for estudante, estágio. Agrega valor, conhecimento, expertise. Busque uma empresa onde atuar em um RH estruturado e generalista.

Se for profissional em transição de carreira, networking. Busque pessoas que já atuam na área e tenha em mente que precisará rever a questão salarial para entrar na área como assistente de RH para então seguir na carreira de gestão de pessoas.

 

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