Segundo a Personal Coach, Claudia Dias, o Protagonismo na Carreira trata-se de uma competência assumida pelo profissional que se considera o autor principal da sua história. Ele se considera o único responsável por sua própria evolução profissional e pessoal. É ainda aquele que, além de tomar decisões, sente-se responsável para executá-las.
“Ser protagonista é assumir a responsabilidade pelo resultado e, assim, fazer o que for preciso para obter êxito. De maneira geral, as características mais marcantes para quem se considera o protagonista da sua carreira, é um senso incomum de assumir responsabilidades, autoconfiança, liderança, persistência e decisões. Estes são traços da sua própria natureza/personalidade. O protagonista não persevera até cansar. Ele persevera até vencer!”, conta a profissional.
Entretanto, o estado de protagonismo é totalmente independente da empresa, é uma responsabilidade do próprio profissional. Para a Coach, todos as pessoas possuem papéis em diversas áreas da vida (pessoal e profissional). O protagonismo está diretamente relacionado à forma como se conduz a carreira e, consequentemente, a própria vida.
“Não é muito comum uma pessoa ser ativa em sua vida profissional e ‘inerte’ na vida pessoal. Ser o protagonista, inclusive, impulsiona o indivíduo para desempenhar seus papéis com mais equilíbrio e maestria. O fato é que, independente da maneira como a pessoa se posiciona na vida, é importante alinhar as diversas áreas de maneira equilibrada, para viver com mais plenitude e felicidade. Vale acrescentar que ter sucesso profissional e fracasso pessoal, não pode ser considerado protagonismo de carreira. Quando isso acontece, é importante refletir a respeito, para poder realinhar o propósito de vida”, esclarece.
Mudar de profissão ou de empresa talvez não seja a solução mais certeira para profissionais que encontram-se na situação de desmotivação ou falta de identificação.
“Antes de tomar tal decisão, é preciso compreender, de fato, o motivo desta insatisfação. Às vezes, uma mudança de profissão ou empresa – sem um propósito claramente definido -, resolve as questões de maneira temporária (uma solução paliativa)”, diz.
A falta de contentamento está intimamente ligada à falta de motivação. Quando estamos insatisfeitos ou não encontramos mais prazer naquilo que fazermos devemos parar para refletir e, assim, compreender o que está faltando.
“Todo ser humano é dotado de capacidades, talentos e dons. No entanto, nem sempre tais habilidades são utilizadas, podendo gerar insatisfação, desconforto e descontentamento, em várias áreas de sua vida. Portanto, vale colocar a disposição em ação, e buscar algo maior, ou seja, um propósito! Aquilo que se quer alcançar. Um objetivo, uma finalidade. O propósito motiva e estimula, sendo o combustível que conduz ao crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional”, enfatiza.
“Os profissionais devem começar a compreender que não podem mais esperar que alguém sempre os direcione. O mundo corporativo exige, cada dia mais, que as pessoas sejam protagonistas (profissionais autogerenciados). Estamos iniciando a era em que todos precisarão compreender a importância da sua própria contribuição para a missão e propósito da corporação. E, inclusive, se esforçar para tomar as inciativas de maior impacto no trabalho”, conta.
Para finalizar, a principal reflexão a ser feita, quando não há uma sintonia com o trabalho, é a pessoa questionar-se sobre o que falta e, sobretudo, considerar os fatores que o motivam a investir (e viver) uma vida profissional mais positiva e estimulante. Neste momento, vale a pena se perguntar:
– Como me tornar o autor principal da minha vida profissional?
– Pelo que sou verdadeiramente apaixonado?
– O que me faz sentir, verdadeiramente, bem?
– O que me motivaria a trabalhar com mais empenho e dedicação?
As respostas a estas perguntas, certamente, permitirão pensar em como sair da inércia e partir para a ação.
Entrevistada
Claudia Dias é Personal Coach, especializada em desenvolvimento pessoal e profissional. Certificado pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC) – Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) e Instituto Phoenix, atua com o propósito de contribuir para o crescimento integral do ser humano. Além dos atendimentos individuais, a especialista ministra palestras e treinamentos de alto impacto de transformação interna, os quais motivam novos comportamentos e atitudes. É também coautora dos livros: ‘Treinamentos Comportamentos, ‘Consultoria Empresarial’ e ‘Coaching para alta performance e excelência na vida pessoal’